Blues pouco é bobagem

O Freud é um bar com uma grandde queda para o blues. Desde sua abertura, houve várias sextas-feiras com blues e lá já se apresentaram feras consagradas do gênero musical como o gaitista Robson Fernandes e o guitarrista argentino Danny Vincent. Nesta sexta, 29 de outubro, se apresenta pela primeira vez no Freud a banda Song Brothers in Blues, de São Carlos. É uma excelente oportunidade para curtir uma noite de blues que, por sinal, é o gênero que deu origem ao rock & roll.

A origem do Blues

O blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos, dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho. São evidentes tanto o seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto a simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Porém o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a ser um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".

Em breve mais um post sobre blues.

No caminho certo

Nesta sexta-feira (22) e sábado (23) voltamos a praticar nossa política de operar o Freud Explica Bar com no máximo 160 pessoas dentro. Como já comentei em post anterior, esta medida tem o objetivo de preservar a qualidade do serviço, o conforto e a segurança dos clientes. No sábado, dia da apresentação da excelente Vive Le Rock, muitas pessoas não conseguiram entrar e muito provavelmente alguns ficaram desapontados, mas felizmente foram muitas as manifestações de apoio. Ainda que o bar estivesse bem cheio, dentro dos limites estabelecidos, foi fácil o acesso aos garçons , ao balcão, aos banheiros e ao caixa e a galera se divertui demais. Sexta que vem toca pela primeira vez no Freud a banda Song Brothers in Blues, de São Carlos e no sábado a Banda Fenícia, de Descalvado. Recomendamos que cheguem um pouco mais cedo ao Freud. Um grande abraço a todos e até o final de semana.

O cidadão comédia

Leia abaixo alguns momentos inesquecíveis ocorridos em um certo bar:

1. O cidadão toma uma cerveja, pede a conta e, ao perceber que está sendo extorquido com absurdos quarenta centavos referentes aos dez por cento do garçon, se recusa a pagar tal comissão.
2. O cidadão toma uma cerveja pela qual paga quatro reais e pede para que seja emitida uma nota fiscal paulista.
3. O cidadão vai ao bar na sexta ou sábado e se dá ao trabalho de voltar ao estabelecimento no meio da semana seguinte, devidamente munido de suas notas fiscais, e solicita a devolução de pouco mais de um real que teria sido cobrado indevidamente na forma de dez por cento do garçon.
4. O cidadão vai ao bar e, na hora de pagar sua conta, apresenta sua carteirinha de estudante e reclama seu direito de pagar apenas metade do que consumiu. Por sinal, seu consumo é tão pequeno que já é praticamente uma metade.

Agora a cereja no bolo deste post. As quatro situações acima relatadas não foram protagonizadas por quatro consumidores diferentes. Uma mesma pessoa é responsável por todas elas. Sua presença, em vez de irritar aqueles que trabalham no tal bar, passou a ser até desejada, pois é certeza de diversão, já que a pessoa tem o dom para a comédia.

Comportamento e civilidade

Este post não é sobre o Freud mas sobre algo me deixou muito puto e por isso resolvi escrever. Estava hoje almoçando no Mirai do Ribeirão Shopping. Imediatamente ao lado do Mirai há um café, acho que o nome é Mio!!, algo assim, e possui um mobiliário bonito, com sofás arredondados nas mesinhas. Para minha surpresa, uma cidadã adulta e duas adolescentes se instalaram em um dos sofás, cada uma com uma bandeja do McDonalds e lá passaram aproximadamente meia hora, ocupando espaço do café sem consumir um mísero produto do local. As funcionárias do café, constrangidas e intimidadas, não pediram para as folgadas irem embora. E para coroar a total falta de respeito e civilidade, quando as três acabaram de comer, simplesmente se levantaram e foram embora largando as bandejas e o lixo no café, para que as funcionárias tivessem o trabalho de retirá-las. Gente assim tem que nascer novamente para receber outra dose de educação.

Rua São Sebastião 340

Nesta sexta-feira, 22 de outubro, sairá no Jornal do Porto mais uma reportagem sobre o Freud Explica Bar, desta vez abordando a história relacionada ao imóvel no qual o bar opera. Os mais experientes sabem que alí havia uma doceria, da família Bermudes, e lembram com suadades dos doces e salgados antes ou depois do cinema. A reportagem está muito legal e foi realizada com muito empenho por parte dos envolvidos. Recomendo a leitura.  

Lotação do Freud

Quando abrimos o bar, concordamos que limitaríamos a entrada de clientes até a quantidade de 160 pessoas com o propósito de proporcionar conforto e bom atendimento a todos. Adotamos de fato esta política no início mas houve ocasiões nas quais, após atingirmos a lotação determinada, ainda havia uma grande fila de clientes chateados ou irritados do lado de fora, pedindo para serem admitidos. Entre a cruz e a espada, desejando de um lado manter o conforto e a qualidade do serviço para quem estava dentro, e de outro  não desapontar ou magoar os que estavam do lado de fora, fomos permitindo o ingresso de maiores quantidades de clientes. A experiência mostrou o que era óbvio, ou seja, maior dificuldade para  fazer pedidos, para ir aos toaletes, e filas desconfortáveis na hora de pagar a conta. Isso sem contar que a aglomeração favorece eventuais desentendimentos entre clientes com altos índices de testosterona. Por isso, desde a semana passada, retomamos nossa determinação de controlar rigorosamente o limite máximo de 160 pessoas dentro do bar. Nossa causa é justa: é a sua diversão. Nossa recomendação para não perder a festa é começar a chegar mais cedo. Abraço a todos.

Ética

A ética é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, do certo e do errado. Trazendo isso para o mundo real, mas em uma situação hipotética, não seria falta de ética se um bar ou restaurante da cidade, supostamente frequentado por mim e por meu sócio, abordasse um de nossos funcionários com uma proposta de emprego?